segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os Três Coelhinhos Espertos


Num país imaginário viviam 3 coelhinhos que eram irmãos e se chamavam Pim, Pam e Pum. Era um país de fantasia, com florestas muito densas, e lindos riachos a correr pelos campos cheios de flores. Certo dia o Pim disse aos irmãos:
 



-Não gostavam de dar um passeio pelo bosque? Era divertido!
A ideia foi logo aceite com entusiasmo por Pam e Pum, e lá foram os três coelhinhos à procura de surpresas. Chegaram a um vale muito tranquilo, cheio de bonitas flores nas quais os irmãozinhos se entretiveram a comer gostosíssimos trevos. Ah!, mas nem tudo era paz naquela floresta. Nela se erguia o castelo do gigante Brutamontes, que precisava de comer, todos os dias, três vacas e várias dúzias de cordeiros. Precisamente naquela manhã o gigante tinha saído, à procura de lenha e de alimentos, armado com a sua terrível espada e um grande saco às costas. E, de repente, parou admirado:
-Mas o que é que eu estou a ver ali? -disse o Brutamontes. -Três coelhos, com certeza são forasteiros, porque, se não, não se explica que andem por aqui tão à vontade! Lá muita carne não se pode dizer que tenham, mas servem-me de aperitivo. Então, meus rapazes!
Quando ouviram aquele vozeirão, os três coelhinhos sobressaltaram-se e, quando olharam e viram aquele gingantão, quase iam desmaiando. Quizeram fugir, mas o Brutamontes já lhes tinha cortado a retirada, rindo às gargalhadas:
-Ho, ho, ho! Corram mas é para dentro deste saco, que tenho a panela à vossa espera.
E, com grande habilidade, pegou neles e enfiou-os naquele saco enorme.
-Ele quer devorar-nos!, choramingava o Pim, apavorado.
-É um gigante enorme!, declarou o Pam.
-Com certeza, engole-nos num instante, ai que desgraça!
-Nao adiantamos nada a lamentar-nos, disse muito sensatamente o Pum. O que temos que fazer é tentar rasgar o saco. Se o conseguirmos...
Mas todos os esforços que fizeram não deram nenhum resultado. Entretanto, tinham chegado ao castelo do gigante, que começou logo a preparar o lume à frente dos três coelhinhos apavorados, que já o gigante pusera fora do saco para os meter na panela.
 



 -Tive uma ideia! -disse subitamente o Pum.
Contou-a, baixinho, aos irmãos. Imediatamente os três coelhinhos se aproximaram do gigante Brutalhão e, numa distração deste, atiraram-lhe cinza aos olhos. Aquele bruto começou a rugir como uma fera, porque não conseguia ver nada.
 


 -Malditos! Hei-de apanhá-los, hei-de apanhá-los, gritava. Mas o Pim, o Pam e o Pum, enquanto ele ia berrando aquelas ameaças todas, corriam já, mais depressa que o vento, em direção à floresta e, quando conseguiram chegar à sua toca repetiam, uns aos outros, ainda tremendo de emoção, a história da sua salvação.
 


E nunca mais foram passear para aqueles lados!

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